segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Corte

Corto-me.
O sangue escorre
risco vermelho
e pinga
mancha
no chão
branquíssimo.

A dor me faz lembrar
o quão vivo estou.

Escorre o sangue.
Eis a Verdade:
Tudo é efêmero,
tudo acaba.

O sangue seca
e nada sobra.

A dor desaparece.
A vida continua...

Sorocaba,20-11-1997,03:30hs

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