segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Variações sobre "A Tempestade" de Renato Russo

Curvei-me diante de quem jamais mereceu o meu amor.
Mas a dor que eu sinto me ensinou a levantar os olhos
e mostrou toda a impureza que existe em ti.
Aprendo a não sentir mais amor.
Fecho as minhas mãos para a tua beleza.
Eu quero que o meu sofrimento sufoque o teu coração.
Quero ver o sangue manchar a brancura da tua pele.
Quero ver a vida escapar do teu corpo aos poucos.
Cortarei o teu rosto, meu amor,
para que sintas toda a dor
que o teu amor provoca em mim.
A força da minha fúria fará nascer a loucura no teu olhar.

Eu pedi apenas o teu amor,
mas tu tomaste a minha vida para ti,
não deixando nada para mim.

Agora eu sou a tua morte.
Sorocaba,15-09-1997,04:30hs

Nenhum comentário: