segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Pós Juízo Final

Silêncio!
Ainda há matas virgens!
Ainda há pássaros!

Silêncio!
Pode-se ouvir a morte fervilhando
dentro dos últimos homens!

Silêncio!
Todas as máquinas estão mortas,
paralisia metálica.

Silêncio!
Acabou-se o tempo dos homens!
Despertam as criaturas ocultas!

Silêncio!
Saturno caminha melancólico e nostálgico
entre os corpos mortos dos homens.

Silêncio!
Espaço entre dois tempos!
Imobilidade geral de tudo!

Silêncio!
Meia- noite universal!
Surrealismo da matéria sem o homem!

Silêncio
Remodelação das formas.
Das formas que buscam além!

Silêncio!
Transição...
Olvido...

O Desconhecido!
Enfim é libertada
a Poesia infinita de todas as coisas.

Sorocaba,17-01-1997,05:00hs

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