sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Lamento de Lorca

Cantarei para o mundo
a sua verdadeira face.

E então,
quando todos me perseguirem,
vou me esconder
na beira do mais tranqüilo
lago.

E chorando,
cortarei os meus pulsos,
e a terra beberá,
assombrada,
o meu sangue.

E somente a terra lembrará,
comovida,
o meu nome.

Sorocaba,09-08-1998,07:30hs

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