segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Noturno Lunar

Lâminas de luas sem fim
cortam o meu coração.
A noite fecha os meus olhos.

Mão.
Sonho que jamais alcançarei.

Não.
Os teus lábios nunca beijarei.

Escravo eterno eu sou
das luas do teu rosto.

Das ruas
em que mergulho
escuro
no desgosto profundo
da solidão do mundo.

Quando o amanhecer acariciar a cidade,
apenas a pálida lâmina da Lua no céu,
branca,
solitária,
desejando o meu coração.

A branca Lua!

Sorocaba,06-02-1997,02:00hs

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