Tenho em minhas mãos um céu sem pássaros.
Triste azul sem nuvens.
Triste.
Há em minhas mãos
um vazio de corpos pavoroso.
Silêncio da carne que sofre
a ausência de outra carne.
Sinto
o tempo penetrando meus olhos como um cão,
destilação sem fim da alma.
Os meus braços abraçam vazios insuportáveis.
O chão que eu piso,
pedra.
Meus pés,raízes secas sem terra.
Minhas mãos,pássaros sem céu.
No meu coração uma avenida larga,
nos meus olhos uma eterna noite,
negra,
devora-me,quebra meus ossos.
E jamais uma Lua,jamais uma Aurora.
Eu sinto os meus lábios secando
e vejo minhas mãos murchando.
Tempo:
apenas peço uma Aurora que desfaça o negro em rosa
e que ponha os pássaros no céu das minhas mãos.
Sorocaba,11-02-1997,05:00hs
Triste azul sem nuvens.
Triste.
Há em minhas mãos
um vazio de corpos pavoroso.
Silêncio da carne que sofre
a ausência de outra carne.
Sinto
o tempo penetrando meus olhos como um cão,
destilação sem fim da alma.
Os meus braços abraçam vazios insuportáveis.
O chão que eu piso,
pedra.
Meus pés,raízes secas sem terra.
Minhas mãos,pássaros sem céu.
No meu coração uma avenida larga,
nos meus olhos uma eterna noite,
negra,
devora-me,quebra meus ossos.
E jamais uma Lua,jamais uma Aurora.
Eu sinto os meus lábios secando
e vejo minhas mãos murchando.
Tempo:
apenas peço uma Aurora que desfaça o negro em rosa
e que ponha os pássaros no céu das minhas mãos.
Sorocaba,11-02-1997,05:00hs
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