segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Espera

Quando eu te espero
e tu não vens,
sinto o desespero
das paredes brancas.
Sinto que o meu corpo fica
e o teu amor passa.
Multidões de contramortes
me esperam
pelos corredores.
Há postes que choram,
queimando todas as flores.
Quando tu não vens,
meu amor de naufrágio
e contracéus,
sinto
a carícia dos relógios
sobre o meu corpo.
A tua ausência
é uma rua escura
afogada nos latidos dos cães.
Quando eu te espero
e tu não vens,
o Vazio forma salões
de infinitos vazios
no meu coração.

Sorocaba,11-02-1997,23:00hs

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