segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Saturno

Quando Saturno caminhou
pelos grandes salões de baile,
todos os relógios do mundo pararam.

E o seu rosto devorador de homens
era uma eternidade de angústias,
um abismo de silêncios imensuráveis.

Quando Saturno amou,
todos os sinos repicaram solenes
e um perfume de rosas dançou pelo ar.

Quando Saturno adormeceu,
já havia vomitado todos os homens
e os salões de baile já estavam vazios.

Saturno adormecido em minha cama
é um sonho de álcool e poder.
Pesadelo do tempo infinito.


Sorocaba,13-01-1997,03:30 hs
Os Planetas(Saturno), de Gustav Host

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