Quando olho o espelho
vejo um desconhecido estranhamente
familiar que envelhece a cada dia que passa.
Quando mergulho no espelho.
Multiplico-me.
Desfaço-me
em outros ainda mais desconhecidos.
Quando eu e o espelho:
Um.
Folha em branco.
Pureza da primeira nãoidentidade.
Tranparência liqüida
do nada-tudo.
Quando eu e o espelho:
Possibilidade de ser todos
e ao mesmo tempo nenhum.
Sorocaba,20-03-1997,06:30hs
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